Após nove dias viajando por Portugal seguimos de avião para a França. Foram seis dias em território francês e eu teria ficado por lá mais um mês!
Em relação à Portugal, a França é um país mais caro, o clima é mais ameno, as pessoas são mais introspectivas e a comida tem um gosto mais suave e é mais requintada. Mesmo com tantas diferenças entre os dois países, cada um tem seu charme e me encantou de forma diferente. Dizem que os franceses tratam mal os turistas, mas não sentimos isso na prática. Não sei se o fato de minha cunhada falar francês muito bem ajudou, mas de forma geral fomos muito bem recebidos em território francês – mas não espere a alegria e espontaneidade brasileira!
Ficamos somente três dias em Paris e, apesar de ter aproveitado bastante e conhecido vários lugares interessantes, confesso que foi pouquíssimo tempo. O ideal seria ter ficado por lá durante, no mínimo, uma semana. O lado bom é que tenho motivos de sobra para voltar à “Cidade Luz”!
Nosso principal meio de locomoção foi o metrô, mas também andamos muito a pé e pegamos táxi em algumas situações. Os taxistas de Paris são mal educados, muito mais do que os de NY. O metrô da cidade possui 16 linhas e 302 estações distribuídas em 213km. Desta forma, para quem está na cidade a passeio ou não, o metrô será o melhor meio de transporte.
Nossos dias renderam muito, afinal só escurecia após às 21h. Foi ideal para bater perna sem muita programação e para curtir cada local que visitamos.
Ficamos hospedados no Ibis Paris Gare du Nord La Fayette 10th Hotel – a esta altura você deve estar imaginando que minha família é proprietária do Ibis, né?! rs – que possui boa localização e quartos minúsculos – o m2 em Paris é caríssimo! Estávamos próximos a estações de metrô, restaurantes e lojas. Preço e padrão de hotel de rede, sem surpresas e frustrações.
Fonte da imagem: http://www.accorhotels.com/gb/hotel-0863-ibis-paris-gare-du-nord-la-fayette-10th/index.shtml
GALERIES LAFAYETTE HAUSSMANN: Loja de departamentos francesa instalada em um prédio de 10 andares e famosa mundialmente. Lá é possível encontrar roupas, acessórios, maquiagens, cosméticos, entre outros. Mas não se empolgue, pois os preços são altos! Não que lá os valores praticados sejam inflacionados, mas sim porque as marcas que ocupam os andares desta loja são de luxo.
Mas mesmo para quem não vai gastar um euro sequer nesta loja, assim como eu fiz, digo que vale a pena a visita! O edifício é belíssimo: possui uma cúpula magnífica em aço e vidro e é possível acessar o terraço de onde se tem uma bela vista de toda a cidade.
ÓPERA GARNIER: Casa de ópera projetada pelo arquiteto Charles Garnier em estilo neobarroco. O edifício foi finalizado no ano de 1875 e atualmente abriga a Ópera nacional de Paris, juntamente com a Ópera da Bastilha. É possível fazer uma visita guiada pelo interior do edifício, mas perdemos esta oportunidade. Se a fachada do edifício já impressiona por sua beleza, imagino que seu interior seja magnífico!
PRAÇA DA CONCÓRDIA: A maior e uma das mais famosas praças de Paris está localizada entre a Champs-Élysées e o Museu do Louvre. Foi nesta praça que aconteceram as festas, os casamentos e a execução da família real. No período da Revolução Francesa a Praça da Concórdia foi palco de reuniões e da guilhotina, responsável pela decapitação de mais de mil pessoas.
PONT DE LA CONCORDE: Ponte sobre o Rio Sena localizada próxima a Praça da Concórdia e ao Palais Bourbon. É um ótimo local para apreciar o pôr do sol e a Torre Eiffel.
GARE DE L’EST: É uma das maiores e mais antigas estações de trem de Paris. O belíssimo edifício, projetado pelo arquiteto François Duquesnay, segue o estilo Belle Époque e vale a visita.
MUSEU DO LOUVRE: É o museu mais visitado do mundo e também um dos maiores e mais famosos. O acervo do museu possui mais de 380 mil peças que abrangem mais de oito mil anos da cultura e civilização oriental e ocidental.
O edifício onde está instalado é o Palácio do Louvre que foi sede do governo monárquico francês durante os séculos XIII até o século XVII, quando iniciou-se a transformação do Palácio para Museu. No ano de 1988 foi inaugurada a pirâmide de vidro no pátio central e seu átrio subterrâneo, que fizeram parte do projeto de renovação do Palácio do Louvre, chamado de “Grand Louvre”. O arquiteto responsável pelo projeto foi o chinês Ieoh Ming Pei.
A Pirâmide Invertida foi inaugurada no ano de 1993 e fez parte da segunda fase do plano “Grand Louvre”:
O museu é enorme, por isso vá preparado para andar muito e se perder pelos corredores do local. Passamos mais de quatro horas por lá e não vimos nem 10% do acervo. Para ver todos os itens do museu seriam necessários, no mínimo, cinco dias por lá! Portanto, o ideal é selecionar as principais obras a serem vistas, ficar atento ao mapa e aproveitar a visita.
A obra mais famosa do museu é a Mona Lisa de Leonardo da Vinci. É a sala mais lotada e é preciso paciência para chegar até a tela e desviar de todos os visitantes que querem tirar uma foto:
RESTAURANTES: Fomos a vários restaurantes na cidade, mas não fizemos reservas e muito menos levei minha listinha a tira colo. Quando a fome apertava escolhíamos um restaurante próximo ao local onde estávamos e pronto! Foi assim que comemos o melhor tiramisu da vida. Experimentei o steake tartare, prato típico da culinária francesa a base de carne bovina crua misturada com condimentos e uma gema de ovo crua, e confesso que gostei bastante.
Fomos à Ladurée, confeitaria francesa famosa pelo macaron – doce a base de farinha de amêndoa recheado com creme. O doce era gostoso, mas nada que me fizesse delirar. Eu e minha cunhada aproveitamos para tomar uma taça de champagne, afinal “Quando na França”… rs
CATEDRAL DE NOTRE-DAME: Rodeada pelas águas do Rio Sena, esta é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. Sua construção, iniciada no ano de 1163, levou quase dois séculos para ser finalizada. Foi palco da coroação de Napoleão Bonaparte, em 1804, e do funeral de Charles de Gaulle, em 1970.
Assistimos à missa que começou pouco após chegarmos ao local e foi uma experiência incrível – apesar de eu não falar francês e não ter entendido o que falaram! rs Assim já aproveitamos para conhecer o interior da igreja, repleto de detalhes e vitrais esplêndidos.
PRAÇA CHARLES DE GAULLE: Esta é uma grande rotatória a partir da qual saem 12 avenidas, sendo a principal delas a Champs Élysées. No centro dela está o Arco do Triunfo e devido ao fluxo intenso de veículos, os pedestres só podem acessá-lo através de uma passagem subterrânea.
ARCO DO TRIUNFO: Monumento de 50m de altura construído para comemorar as vitórias militares de Napoleão Bonaparte. Possui relevos, escudos e esculturas que remetem às cenas das batalhas militares. Neste monumento estão gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais.
CHAMPS-ELYSÉES: Esta avenida é uma das ruas mais famosas do mundo e é o boulevard mais charmoso de Paris. Bastante arborizada, possui 1,9km de comprimento e abriga diversos restaurantes e lojas de luxo.
TORRE EIFFEL: A Torre Eiffel, uma das principais atrações turísticas da capital francesa, foi construída para a Exposição Universal do ano de 1889. Projetada por Gustave Eiffel, a torre seria apenas uma intervenção temporária. Entretanto, após vinte anos de sua instalação, passou a ser um item permanente da paisagem parisiense. É o edifício mais alto de Paris, com 324m de altura.
Chegamos à bilheteria pouco antes do pôr do sol e a ideia era ver a cidade lá do alto antes do sol ir embora. Mas havia uma fila grande para comprar o ingresso e também para pegar o elevador que leva até o observatório da torre.
Conseguimos ver Paris do alto quando já era noite e a vista é indescritível, simplesmente encantadora:
CENTRO GEOGES POMPIDOU: Projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers no ano de 1970, este centro cultural é um dos locais mais visitados do mundo. O edifício, inspirado na arquitetura industrial, abriga museu, biblioteca e teatros. Um prato cheio para arquitetas (os)!
JARDINS DAS TULHERIAS: Estes jardins fazem parte de um parque localizado na margem direita do Rio Sena e foram criados no século XVI para decorar os arredores do Palácio das Tulherias. Localizado entre a Praça da Concórdia e o Arco do Triunfo do Carrossel, o local abriga fontes, esculturas, muito verde e o Museu Orangerie.
PONTE ALEXANDRE III: Construída entre os anos de 1896 e 1900, esta ponte atravessa o Rio Sena e é a mais bela de todas as 37 pontes que atravessam o rio. As colunas e esculturas revestidas de folha de ouro impressionam pela beleza:
PALÁCIO DE VERSAILLES: Construído pelo rei Luís XIV no ano de 1668, este é um dos maiores palácios do mundo: possui 700 quartos e na época viviam lá cerca de 20 mil pessoas. Em 1873 o castelo foi transformado em um museu de história e atualmente é aberto à visitação mediante pagamento de ingresso. Há mais de trinta anos foi definido pela UNESCO como Patrimônio Mundial da Humanidade.
Fomos de trem para o palácio e quando chegamos lá o local estava lotado e acabamos desistindo de fazer a visita. Para completar chegamos por lá tarde (já passava das 16h), aí não daria tempo de ver tudo o que o palácio oferece. Mais um motivo para voltar a Paris!
MARAIS: Bairro charmoso de Paris, localizado na margem direita do Rio Sena. Passamos uma tarde de domingo muito agradável por lá e percorremos as ruas repletas de lojas, bares e restaurantes descolados.
Alugamos um carro em nosso último dia em Paris e seguimos a estrada rumo a Chamonix, uma cidade localizada nos Alpes Franceses e rodeada pelo Mont Blanc. Chegamos lá no fim da tarde, após quase seis horas de viagem.
Encontramos uma cidade acolhedora, charmosa e movimentada, o que nos surpreendeu porque estávamos em pleno verão. A cidade é um destino muito procurado no inverno devido às inúmeras pistas de ski.
Ficamos hospedados no hotel Mercure Chamonix Centre, pois foi o único hotel com quartos disponíveis. E olha que estávamos em pleno verão, nem era temporada de ski! Ficamos hospedados em uma suíte família com dois quartos, e aí ficamos todos juntos. O quarto era muito espaçoso e ainda tinha uma varanda com vista para o Mont Blanc. O café da manhã era ótimo e havia várias opções de pães, geléias, crepes, doces – me acabei na comida!
Ficamos na cidade durante um dia e meio e aproveitamos para bater perna sem destino, até porque a cidade nem é grande. Este foi o destino mais tranquilo da viagem: passamos horas em restaurantes bebendo cerveja, comendo e observando o movimento, visitamos várias lojinhas com produtos locais e passeamos pelos belos jardins da cidade.
Chamonix é o destino ideal para quem quer descansar mas não dispensa uma cidade movimentada e com bons serviços.
E a viagem continua… O próximo destino é a Itália!